A mentira é uma teia. A mentira é um conjunto de fios, finíssimos, minúsculos, tecidos com uma arte de raios e espirais impressionantes. A aranha ou aranhão têm um trabalho árduo e persistente. E uma vez começada, essa trama elaborada, contínua, fio após fio, círculo entrelaçado após círculo para segurar o anterior, existe com uma finalidade apenas: a sua sobrevivência.
A mentira, como os vários tipos de fios de seda da teia, pretende que a presa ali fique encapsulada, seja qual for a sua finalidade.
A evidência da vida, mesmo nas metáforas, é que um dia a teia e a mentira rompem. E a aranha, o aranhão ou o aranhiço terão de voltar a produzir mais fios, talvez cada vez mais resistentes.
E quedo-me a pensar: quanto suará uma aranha?
A mentira, como os vários tipos de fios de seda da teia, pretende que a presa ali fique encapsulada, seja qual for a sua finalidade.
A evidência da vida, mesmo nas metáforas, é que um dia a teia e a mentira rompem. E a aranha, o aranhão ou o aranhiço terão de voltar a produzir mais fios, talvez cada vez mais resistentes.
E quedo-me a pensar: quanto suará uma aranha?
10 comentários:
Pois minha cara,nesta coisa de suores de aranha,a ciencia diz que as mais peludas serao as que transpiram mais,as"viuvas negras" as que suam menos,e as "epeiras" as que passam a vida a carregar a cruz as costas,talvez por isso as mais mentirosas...
Suam muito pelos vistos, coitadas, a modos que estou com pena delas e até fazem outras coisas que agora não vêm ao caso. (mas estava capaz de fazer um desenho mas com a fama que tenho em fazer os ditos, melhor ficar-me pelos vernizes)
Sir David,
a minha vénia!
O seu comentário tocou-me especialmente, quer pela qualidade quer pela veracidade das suas palavras.
[volte quando desejar, já sabe que eu tenho sempre epeiras de estimação...]
Red, companheira de vernizes,
fiquemo-nos pelos desenhos nas tel(h)as!
Quanto a suores... ainda escrevo algo em que até as aranhas têm muitas penas!
[a contimuar assim poderemos falar de zoos, não?]
Sim, dear, cada macado no seu galho, fala de ursos!
Meus Deus, quanto não sofrerá a presa...transpira até ao último alento na vã tentativa de se soltar daquela teia pegajosa e elástica...
Na cadeia da sobrevivência por certo ganhará o mais ardiloso...
Mas há sempre uma presa sagaz, de uma clarividência audaz que estende lençois de seda...o aranhão não pode resistir a tanta sedução...e no momento oportuno, desfere o golpe fatal e esmaga o coitado sem dó nem piedade...
Vivam as presas desta natureza!!!
Para ti minha querida um RsRsRsRs sem teia.
Já passei para ler a 24ª tel(h)a, um par de vezes. Não a consigo ler sem sentir cócegas nas pontas dos dedos pés - odeio aranhas.
Grrrrrr... tenho que ir, que não está fácil...
Mas concordo com a ideia da teia, da mentira e das ditas.
:)
Red, dear:
Galhos? Macacos? Ursos?
Hummm! E se forem osgas? :)
Caneja, caneja:
Dá sempre um gostinho especial sentir uma aranha fazer “clac” debaixo do pé, não é? : )
[só o teu RsRsRs já me consolou a alma!]
Alma:
Pois eu admiro aquele trabalho elaborado, aquelas teceduras cuidadas, aquela arte suspensa! É obra e não é para qual um…
Sobre aranhas e afins partilho o nojo que me causam. Mas há mais coisas que me causam as tais “cócegas na planta dos dedos”.
: )
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