quarta-feira

16ª telha

Soltaram-me um tem de ser que me aterrou no estômago como murro à falsa fé.
Sorrio mas os dentes permanecem cerrados.
[Já deixou de ser hipocrisia o que me cobre há muito tempo.]
Violentada no querer. Com medos esculpidos em décadas.
[Merda em que nos enterramos todos os dias.]
Cambada de merdas que nos caem no colo e nem podem ser sacudidas como cascas de alcagoitas.

[Levanto-me porque tem de ser, como, bebo, sento-me na sanita, lavo todas as partes, ponho-me perfume, aliso-me, trapo-me, sapateio, trabalho, falo, ouço-os e sigo na corrente, porque tem de ser.]

Ainda tenho de encontrar a palavra certa para explicar só numa palavra este desprezo pelo que tem de ser.

8 comentários:

RED disse...

Queres palavra, aquela que costumo usar? Aqui vai ela: CAGUEI!

Anónimo disse...

me too.

TLinha disse...

Dear Rougezinha:
Volta e meia também se me solta a intestina. ;)
Na maior parte dos casos é uma enorme obstipação mental.
Faria rsrsrsrs, mas como sabes isso dá-me cólicas.:)

TLinha disse...

Anónimo:
We are already a crowd.
:))))

Prepucio Manuel disse...

Deixe la,Sr. J.,sao todos uns tolinhos!
Na verdade tambem so me ocorre uma palavra...ou expressao!

TLinha disse...

ahhahahha
Sr. Manuel,o seu first name foi uma escolha de mestre. :))
(há deles com brasão, o seu tem história!)
Pois durante anos ouvi a expressão. ahhahahahha
E sabes que mais?
Adorei que ma recordasses!
:))

CANEJA disse...

Mas o "que tem que ser" tem muita força, por isso deixa-te ir na corrente...há sempre um porto de abrigo e por vezes cortamos com o "que tem que ser" e lá vai ele na corrente...

TLinha disse...

Caneja, caneja:
Portos agora não são reza na minha oração. ;)
Mas correntes...ui....
(vogando, viu?)